Há uns tempos atrás dou comigo no quarto a pensar em escrever uma poesia, poesia essa que nos projetasse no tempo recordações da década de 80 na aldeia de Mafómedes...
Mafómedes, a nossa aldeia
Olhamos em volta e sentimos um vazio
Assoam na memória recordações d´outrora
Eram ruas com gente, tempo sem demora
Companheirismo e diversão
Eram assim os dias e não só no verão
Domingos com olhos colados na tv
Afinal de contas Ayrton Senna
Era o ídolo que a gente já não vê
Lembro-me como se fosse hoje:
Um talho no meio do povo
Duas mercearias e um café
Não precisávamos de ir longe
Afinal de contas o transporte era a pé
Não esquecer o tasco da Santinha,
Tv ao alto com matraquilhos a meio
Bastavam apenas 5 coroas
E assim começava o desvaneio
Aos domingos era dia de concentração
Uns vinham pela sueca, outros pelo coração
Podia haver baile ou teatro
Era uma aldeia que valia por quatro
Mafómedes na minha perspectiva enquanto criança nascida e criada na nossa aldeia.