Keep calm e vive a vida
Porque o céu não tem limite...Bem-vindos ao nosso mundo!
quarta-feira, 23 de abril de 2025
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
O dia em que morreu Ayrton Senna
Era 1 de maio de 1994, um domingo como tantos outros, mas com um peso no ar que ninguém sabia explicar. No Café Azenha, onde costumávamos assistir às corridas, reinava o entusiasmo habitual. As cadeiras estavam todas ocupadas, os cafés fumegavam nas mesas, e os olhos estavam fixos na televisão. Ayrton Senna, o nosso herói, estava prestes a correr mais uma vez. Mal sabíamos que aquela seria a última vez que o veríamos ao volante.
Logo na sétima volta do Grande Prémio de San Marino, o silêncio abateu-se sobre a sala. Aquele silêncio ensurdecedor que acontece quando algo terrível se passa. O carro de Senna embateu com violência contra o muro na curva Tamburello. Ficámos todos petrificados, com as mãos a cobrir as bocas. Lembro-me de alguém sussurrar:
— Não pode ser... Ele vai levantar-se, não vai?
Os minutos que se seguiram pareceram horas. Na televisão, as imagens mostravam os paramédicos a correrem, o helicóptero a preparar-se para o transporte. Mas algo no rosto de quem estava lá dizia que o pior tinha acontecido. Quando a notícia foi confirmada, o Café Azenha ficou num silêncio profundo, quase religioso. Não havia palavras, apenas lágrimas nos olhos de quem compreendia que o mundo tinha acabado de perder alguém especial.
Mais tarde, vi uma reportagem na televisão com Adriane Galisteu, a namorada de Senna. Ainda em choque, ela tentava encontrar forças para falar. Com os olhos marejados, confessou:
— Quando soube, recusei acreditar. Liguei para todos que conhecia, como se uma confirmação diferente fosse mudar o que já sabia no coração.
Fez uma pausa, como se revivesse o momento, e acrescentou:
— Ayrton dizia-me muitas vezes: “A vida é curta, mas deve ser vivida com paixão.” Ele viveu assim, mas deixou-nos demasiado cedo.
Aquelas palavras ecoaram na minha mente por dias. No Café Azenha, nos dias que se seguiram, falava-se de Senna como se fosse da família. A dor era quase pessoal, mas havia também gratidão por tudo o que ele nos deu. Ayrton Senna não era apenas um piloto; era o símbolo de um sonho maior, de coragem e inspiração. E, mesmo naquele momento trágico, sentimos que ele nunca nos deixaria completamente.
sábado, 9 de março de 2024
A morte do criador de Dragan Ball
Nos finais dos anos 80 e início dos anos 90, um fenómeno conquistou as telas e os corações dos jovens em todo o mundo: Dragon Ball. Para nós, nascidos na década de 80, esses episódios tornaram-se uma parte essencial das nossas tardes e fins de semana. Lembro-me vividamente de correr da escola para casa, ansioso por me juntar a Goku e aos seus amigos nas suas aventuras épicas.
Os combates emocionantes entre Goku e os seus formidáveis oponentes, como Freeza, eram como uma explosão de adrenalina que nos mantinha colados à frente da TV. Era algo mágico testemunhar a evolução do nosso herói, enfrentando desafios cada vez mais difíceis e ultrapassando limites aparentemente intransponíveis.
E quem poderia esquecer a cena de Goku voando na sua nuvem voadora, uma imagem que se tornou icónica para toda uma geração? Era como se estivéssemos a voar junto com ele, imersos num mundo de fantasia e aventura.
Hoje, com a notícia do falecimento do criador deste universo incrível, sentimos uma mistura de tristeza e gratidão. Akira Toriyama não apenas nos presenteou com uma série que marcou a nossa infância, mas também nos ofereceu lições de coragem, amizade e perseverança que carregamos connosco até hoje.
O seu legado transcende fronteiras e gerações, deixando uma marca indelével na cultura pop e no coração de todos aqueles que tiveram o privilégio de acompanhar as aventuras de Goku e dos seus amigos. Akira Toriyama será lembrado não apenas como o criador de Dragon Ball, mas como um visionário cujo impacto perdurará por muitos anos além da sua partida. Que a sua alma descanse em paz, enquanto o seu legado continua a inspirar e encantar os fãs de todas as idades ao redor do mundo.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
O Rapaz dos Mergulhos no Rio Douro
Havia um rapaz chamado Miguel que
vivia na encantadora cidade do Porto. Desde muito novo, Miguel desenvolveu uma
paixão especial por mergulhar nas águas serenas do rio Douro.
Todas as manhãs, ao acordar,
Miguel corria em direção à margem do rio, ansioso por sentir a água fresca
envolvendo o seu corpo. Mergulhava com alegria, deixando-se levar pela corrente
suave, enquanto observava os barcos que navegavam lentamente sob a sombra da
ponte.
Para Miguel, não havia sensação
mais reconfortante do que estar na água, sentindo o sol brilhando sobre a sua
pele e ouvindo o suave murmurar do rio. Sentia-se livre, como um pássaro voando
pelos céus.
Os habitantes da cidade admiravam
a coragem e a alegria de Miguel ao mergulhar no rio Douro. Alguns chamavam-lhe
"O Pequeno Navegador", enquanto outros o apelidavam de "O
Guardião do Douro", pois Miguel cuidava do rio como se fosse o seu amigo
mais precioso.
Numa tarde de verão, Miguel conheceu
um grupo de crianças que visitavam a cidade. Curiosas, perguntaram-lhe por que
gostava tanto de mergulhar no rio. Com um sorriso radiante, Miguel explicou: "O
rio Douro é como um espelho da minha felicidade. Quando mergulho nas suas
águas, sinto-me parte deste lugar mágico. É onde encontro paz, alegria e
liberdade. Morar na cidade do Porto é um presente maravilhoso, e o rio Douro é
o meu tesouro mais precioso. "As crianças ouviram encantadas, fascinadas
pela paixão de Miguel pelo rio e pela cidade. Decidiram juntar-se a ele e
experimentar a emoção de mergulhar no Douro.
Assim, sob o olhar atento de
Miguel, as crianças saltaram para a água, rindo e brincando como se não
houvesse amanhã. Juntos, criaram memórias preciosas, partilhando a alegria de
viver na bela cidade do Porto.
E assim, o rapaz dos mergulhos no
rio Douro ensinou às crianças o verdadeiro significado da felicidade: encontrar
alegria nas coisas simples da vida e apreciar a beleza que nos rodeia, seja
encontrada nas águas tranquilas de um rio ou na amizade sincera de uma cidade
encantadora.